Daniel Gorjão

Biografia

Nasceu em Minde no ano de 1984. Frequentou o ensino secundário na vertente de Artes Dramáticas, no Centro de Estudos de Fátima, o Curso de Formação de Actores da Universidade Moderna e a Escola Superior de Teatro e Cinema. Mestre em Comunicação e Artes pela FSCH da Universidade Nova de Lisboa.

Em 2003 ingressa na Companhia do Teatro Politeama, onde iniciou o seu percurso, tendo sido dirigido por Filipe La Féria em diversas produções até 2009.

Em 2010, funda o colectivo Rosa74 Teatro onde cria e dirige o espetáculo ” um dia dancei SÓ dancei um dia”, vencedor do prémio “Emergentes” TNDMII \ Festival de Almada. Destacam-se ainda os espectáculos, “Intervenção: Antes de Começar”, de Almada Negreiros, que dirigiu para o projecto One Nigth Stand e a performance “não te concedi a ti, natureza, a decisão deste dia”, (Teatro Turim, Festival Inund’art – Girona), bem como a assistência de encenação no espetáculo “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, de Ana Luísa Guimarães/TNDMII.

Em 2012 passa a dirigir o Teatro do Vão através do qual apresenta “Sempre Noiva”, Teatro de Almada/Teatro Taborda/Festival Tudanzas (BCN), e participa em co-criação com Maria João Luís nos Encontros do Devir-Capa | Faro com o espetáculo “uma solidão igual à minha”.

Em 2013 no Teatro da Terra protagoniza o espetáculo “Ninguém se ouve, ninguém se vê” de Maria João Luís, do qual também é assistente de encenação. Nesse mesmo ano integra a programação do Festival Materiais Diversos onde estreia “Que o dia te seja limpo”, com reposição em 2014 no Teatro Taborda. Em Lisboa em coprodução com SillySeason apresenta “FRAGMENTO”.

No ano 2014, cria e interpreta “Beco da Saudade” no Teatro do Bairro e encena “O Olhar Inabitado das Manhãs”, no MUHNAC e “Radiografia de um Nevoeiro Imperturbável” no TNDMII, espetáculo nomeado para os prémios TIME OUT. Dirige ainda o movimento do espetáculo “Duas Pessoas” e “A Menina do Mar” de Maria João Luís/Teatro da Terra.
Neste mesmo ano foi nomeado para os Prémios Novos (Fundação Gulbenkian).

Em 2015 estreia “Desta Carne Lassa do Mundo” no Museu Nacional de História Natural e Ciência.

Em 2017 encena a sua versão de Menina Júlia de August Strindberg, para o São Luiz Teatro Municipal, a que dá o nome de “Júlia”, com reposição em Ílhavo – 23 milhas. Para o GTIST “Ama como a estrada começa”, vencedor do Prémio Cidade de Lisboa do Fatal e encena a peça “COCK”, de Mike Bartlett.

Em 2018 cria ” Onde não puderes amar não te demores” no Teatro da Garagem, com reposição em 2019.

Em 2019 cria para a CNB – Companhia Nacional de Bailado, “Nós como Futuro”, que não chegou a estrear devido à greve de trabalhadores da OPART.

Em 2020 encena a sua versão de “QUARTETO”, de Heiner Müller, na CPBC | Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.

Em 2021 dirige o ciclo “Um Coração Normal”, no São Luiz Teatro Municipal, dedicado aos temas da identidade de género e orientação sexual, que engloba uma conversa e dois espetáculos. Um dos espetáculos, uma encenação sua de Vita & Virgínia, de Eileen Atkins.

Em 2022 estreia no Teatro da Trindade o texto “Nuvem”, de Carlos Manuel Rodrigues, vencedor do Prémio Miguel Rovisco desse mesmo ano.

Em 2023 encena “Tudo sobre a minha mãe”, de Samuel Adamson, a partir do filme de Pedro Almodóvar, uma coprodução com o São Luiz Teatro Municipal e Teatro Municipal do Porto.

Em televisão dirige regularmente dobragens para a RTP desde 2011. Foi coach do programa “Quem fala assim”, coprodução ARTV/RTP2 e “Fala-me também do fado” e “Praias olímpicas”. Foi diretor de arte no programa “Zig Zag Ensaio de Natal”. Foi diretor de actores nos programas “A República das Perguntas”, “Histórias para sempre” e “Poesia na Ordem do Dia”. Criou e coordenou os projetos, “Perfeito Círculo Presente”, “Trapos e conversas frívolas”, “Notas para a Alegria”, “Até hoje sempre futuro”, “Conta um conto”, “O Coro” ” A Praia da Amália”, ” Obscuro Domínio”, “Danças na Cidade” e “Vermelho o sangue naquela madrugada”.
É membro do concelho executivo do IMZ – Internacional Music + Media Center. É responsável pela programação de artes performativas da RTP, desde 2016.