Logo a abrir o QUARTETO, as indicações espacio-temporais do autor são:
‘Um salão antes da Revolução Francesa
Um bunker depois da Terceira Guerra Mundial’
É num ‘não-lugar’, entre o passado e o futuro, que Heiner Müller coloca Merteuil e Valmont, a jogarem xadrez um com o outro – ou um contra o outro – para sobreviverem às circunstâncias.
É a partir do vazio dos dias das duas personagens, do seu profundo aborrecimento, do seu isolamento, da sua solidão que partiremos para o jogo cénico de Quarteto. Um jogo que é dos actores a provocarem-se perversamente até atingir o outro,a desdobrarem-se em personagens como as crianças fazem, intuitivamente, quando se fartam do que estão a fazer, a levar o outro ao limite pelo prazer de jogar.
Como metáfora ao teatro e à própria vida – na corda bamba do presente.
Entre o prazer e o sadismo.
É preciso matar o tempo para que ele não nos mate a nós.
Ficha Artística
texto | Heiner Müller
tradução | Maria Adélia Silva Melo
criação e espaço cénico | Daniel Gorjão
interpretação | Ana Jezabel, João Villas-Boas, José Pimentão e Teresa Tavares
direção Técnica | Sara Garrinhas
apoio Vocal | Luís Moreira
consultor de arte | Luciano Schmitz
registo de vídeo | Videolotion
registo fotográfico | João Garrinhas (Outros Ângulos Produções)
execução cénica | Atelier Jaqueline Roxo e JFD Ideas and Details
produção executiva | João Figueiredo Dias e Mónica Talina
produção | Teatro do Vão
apoio | Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, A Arte da Terra, Atelier Jaqueline Roxo e JFD and Details
parceiro institucional | República Portuguesa – Ministério da Cultura
agradecimentos | António Palma, Carla Portugal, Carlos Tiago, Fada Bordados, Gonçalo Sousa, João Nunes, João Pedro Almeida, Kolovrat, Marta Pedroso, Ricardo Campos, Rui Lopes, Sérgio Joaquim, Sérgio Camacho e Tiago Pedro
M/16
Duração | 50min
Estreia
23 setembro a 2 outubro de 2020 – CPBC | Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo