É um jogo de poder onde se cruzam os destinos de um país com o amor inabalável de um homem, numa história sem tempo nem espaço, que se repete incessantemente, onde, até os reis são homens com coração, de coração, e talvez por isso deixem cair a cabeça e as palavras: “a natureza de cada um não é coisa que se mude facilmente”.
É a eterna juventude de quem tenta mudar, mesmo não sabendo o rumo certo, é o risco assumido de querer algo maior, é o compromisso com o lugar onde nasceste.
É um reflexo de hoje onde o nevoeiro não te tolda, mas antes te impele a avançar.
É uma ode ao corpo demandado pelo coração, inerte, que não sabe ir: fica, sim, tropegamente, a um passo da reinvenção. Quase que se inaugural o sujeito: ser rei é ter mil rostos e faltar a cada um sempre o verbo virado para o futuro, conjugado entre o medo.
Radiografia de um nevoeiro imperturbável é um grito suspenso, em espera, na boca de um povo que há-de vir.
Ficha Artística
A partir da obra Príncipe Bão de Fernando Augusto
Criação e direção artística | Daniel Gorjão
Dramaturgia | Cátia Terrinca, Ricardo Boléo
Espaço cénico | Daniel Gorjão com Bruno Terra da Motta
Desenho de luz | Miguel Cruz
Desenho de som | Sara Vicente
Com André Patrício, Cátia Terrinca, João Duarte Costa, João Villas–Boas, Miguel Raposo, Teresa Tavares e Ana Rita Rosa, André Delgado, Fernanda Azougado, Filipe Freitas, Inês Cruz, João Reis
Apoio ao movimento | Maria Azevedo Carvalho
Apoio à voz | Luís Moreira
Guarda-roupa | Ricardo Aço
Produção executiva Teatro do Vão | João Figueiredo Dias
Produção e direção técnica Teatro do Vão | Sara Garrinhas
Coordenação de produção Teatro do Vão | Cristina Correia
Coprodução TNDM II, Teatro do Vão
Espectáculo financiado pela Direcção Geral das Artes.
Duração | 60 min
M/12
Estreia
13 de Novembro a 7 de Dezembro no Teatro Nacional D. Maria II
Digressão
20 e 21 de Março no Teatro Municipal Joaquim Benite – Almada